materiais.org
01 julho
Resumo: Para combater a poluição feita por plásticos que afeta os mares,
pesquisadores da Universidade de Cornell desenvolveram um novo polímero capaz
de se degradar por radiação ultravioleta.
“Foi criado um plástico com propriedades mecânicas necessárias para o comercio de peixes, onde se eventualmente o plástico for perdido em um ambiente aquático ele pode se degradar. Isso irá reduzir o acumulo desse material na natureza” diz o pesquisador Bryce Lipinski, professor na Universidade de Cornell.
A
pesca contribui com metade do lixo plástico nos oceanos. As redes de pescas são
feitas, por exemplo, de polipropileno isotático, polietileno de alta densidade
e nylon 6,6, e nenhum desses polímeros se degradam facilmente. Apesar de
existir muitas pesquisas sobre plásticos degradáveis, há um grande desafio na
obtenção de um material com resistência mecânica comparável ao plástico
comercial.
Nos
últimos 15 anos foi estudado e desenvolvido esse tipo de plástico chamado de
óxido de polipropileno isotático ou iPPO. Esse material foi originalmente
descoberta em 1949, porém as propriedades mecânicas e fotodegradação desse
material era desconhecida. A alta isotaticidade (regularidade na cadeia) e o
comprimento da cadeia polimérica diferencia do material originalmente
descoberto em 1949, fornecendo maior resistência mecânica.
Foi
observado que o iPPO é estável ao uso comum, porém quando exposto à luz UV ele
se “quebra”. É possível ver essa mudança no plástico apenas em laboratório e
visualmente não parece ter mudado muito. A taxa de degradação é de acordo com a
intensidade da luz. Em um ambiente de laboratório os comprimentos das cadeias
poliméricas se degradaram em um quarto do comprimento original após 30 dias de
exposição.
Referência:
Bryce M. Lipinski, Lilliana S. Morris, Meredith N. Silberstein, Geoffrey W. Coates. Isotactic Poly(propylene oxide): A Photodegradable Polymer with Strain Hardening Properties. Journal of the American Chemical Society, 2020; 142 (14): 6800 DOI: 10.1021/jacs.0c01768
Redação: Nathielle Harka - Engenharia de Materiais - UNILA